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Metas: aliadas ou inimigas? (#10)

Estabelecer metas é fácil. Cumpri-las, nem tanto. Porém, feito é melhor que perfeito.

Nesse meu processo de olhar para dentro, reconhecendo o que não estava legal e pensando como melhorar, muitos gaps ficaram claros. Estabeleci minhas metas para 2023, separei por áreas… mas planejar é mais fácil que executar, não é mesmo?

Notei algo curioso: o ânimo inicial foi logo tomado por uma sensação de inconstância e incapacidade quando percebi que estava “off the pace” comigo mesmo. Vejamos, no exemplo abaixo das metas para meu desenvolvimento físico:

Ao estabelecer minhas metas pessoais, eu tinha de forma clara o resultado final que queria alcançar no final do ano. Para acompanhar esse progresso, fiz um mini dash onde posso acompanhar não só minha evolução, mas se estou em dia, adiantado ou atrasado em relação a elas. E estou atrasado em relação a me manter fisicamente ativo.

Num segundo controle, inspirado pela minha terapeuta, decidi acompanhar minha capacidade de seguir meu próprio plano, mesmo (e principalmente) nos dias em que não quero fazer algo. Observemos o seguinte:

A marcação rosa claro significa que eu não queria e não fiz meus exercícios. Já a verde claro demarca os dias em que não queria, mas fiz. A verde escuro, por sua vez, evidencia os dias que eu queria e fiz. Por fim, a cinza escuro joga na minha cara minha inconstância máxima: os dias em que eu queria, mas não fiz meus exercícios.

Analisando friamente, isso pode parecer que as metas estão jogando contra mim. Será mesmo? Deixa eu compartilhar uma passagem que encontrei hoje, em meu estudo pessoal das escrituras.

“O arrependimento verdadeiro é ‘a mudança da mente e do coração que gera uma nova atitude para com Deus, para consigo mesmo e para com a vida em geral’. (…)”

Vem e Segue-Me, 23 a 29 de Janeiro

Embora ela orbite num contexto espiritual, podemos tranquilamente abstrair e ampliar.

No dia 31 de dezembro do ano passado eu percebi que meus hábitos não estavam saudáveis (mudança da mente) e desejei mudá-los (mudança do coração). Eu estabeleci minhas metas em quatro pilares de desenvolvimento, incluindo novamente o Senhor em minha perspectiva de progresso (nova atitude para com Deus). Mesmo falhando, apenas nesse primeiro mês, janeiro, eu já pratiquei mais exercício do que o fiz durante todo o ano de 2022. Sem sombra de dúvidas, estou mudando para comigo mesmo e para com a vida em geral.

Se formos comparar nossa régua de desempenho apenas pelo que fizemos em números absolutos, poderemos, talvez, nos levar pelo engano de achar que não estamos progredindo, deixando de lado a única comparação que realmente importa: a de você consigo mesmo. Exemplifico, novamente com meu progresso pessoal em minhas próprias metas:

Eu estou atrasado, mas as metas são minhas aliadas, não inimigas, nesse processo de auto-desenvolvimento. Só nesse ano de 2023 já treinei, comi salada, fui ao templo, fiz meus estudos pessoais e noites familiares mais do que no ano passado inteiro. Aposto que você também tem muitos motivos para se orgulhar, bem como razões para, talvez, se esforçar um pouquinho mais.

Caso você queira utilizar esta planilha para suas próprias metas, basta acessar esse link e fazer uma cópia. 🙂

Não seja tão duro consigo mesmo, se dê o devido crédito. Reconheça seu progresso, mesmo que pequeno. Mas quando encontrar pontos de correção, não use isto como muleta para não dar o seu melhor e correr atrás do atraso.

Não existe recompensa sem esforço.

Por Qaiq Alves

Pai, marido, empreendedor e curioso. Nessa ordem. Sou apaixonado por comunicação, pessoas e o difícil, porém valioso processo de tornarmos melhores versões de nós mesmos. Sem romantizar, compartilho minha jornada em busca de encontrar minha própria melhor versão.

2 respostas em “Metas: aliadas ou inimigas? (#10)”

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